A DGRM – Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos realizou no dia 10 de Janeiro, em Paço de Arcos, um Workshop sobre o universo da pesca lúdica, com o intuito de partilhar conhecimento realizado acerca dos diferentes aspetos da atividade.
Na abertura do Workshop, Isabel Ventura da DGRM lançou vários reptos sobre o impacto da atividade nos recursos piscatórios, na produção de lixo marinho e nos reconhecidos benefícios desta prática para a saúde física e mental dos praticantes.
O Workshop contou com a participação de Carlos Baptista e António Pais da Federação Portuguesa Pesca Desportiva e de Armando Maçanita da Associação Portuguesa de Pesca Submarina e Apneia que apresentaram a sua visão e perspetivas futuras relativamente a cada uma das vertentes da pesca lúdica, respetivamente, apeada, embarcada e submarina.
Foi ainda apresentada a visão ambiental sobre a pesca lúdica pela representante da PONG – Pesca, Catarina Grilo, seguido da apresentação dos resultados do Estudo da “Pesca Lúdica 2021-22” por João Ferreira do Instituo de Marketing Research.
A atividade da Pesca Lúdica foi identificada, no âmbito da DQEM, como uma das atividades cujo impacto no bom estado ambiental poderia ser relevante, necessitando de maior informação para a sua avaliação, nomeadamente em áreas marinhas protegidas e outras áreas ambientalmente sensíveis.
Para responder a estas e outras questões foi lançado o projeto Pesca Lúdica 2021-22, cujos resultados foram publicamente apresentados e que se centrou na caraterização, avaliação e monitorização da pesca lúdica em áreas marinhas protegidas, costeiras e outras áreas marinhas sensíveis do litoral continental, tendo permitido traçar o perfil do pescador lúdico português.
A grande maioria dos pescadores lúdicos mora até cerca de 20 km da costa, tem idade acima dos 40 anos e um rendimento superior à media nacional. Na sua maioria encaram a pesca lúdica como uma atividade de lazer, que lhes permite ter contacto com a natureza e descontrair, percecionando com prazer todas as etapas da jornada de pesca, desde a deslocação ao pesqueiro, à captura com êxito até ao regresso a casa com a sua recompensa.
Existe uma tendência de aumento do número de licenças ativas em todas as modalidades da pesca, mas a grande maioria, 78%, são pescadores apeados que capturam cerca de 56,7% das 8 637 toneladas de peixe capturado. Estima-se que o volume de negócios do mercado, que engloba os custos associados a deslocações, equipamentos, acessórios e consumíveis, ronde os 75 milhões de euros / ano.
A conferência terminou com uma mesa redonda moderada pelo representante da DGRM , José Manuel Marques, onde foram apontados caminhos e soluções, bem como os novos desafios que se colocam à Pesca Lúdica.
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